13/06/2023 às 00h05min - Atualizada em 13/06/2023 às 00h05min

Mitos: Visão esclarecedora sobre o mundo do vinho

Redação

De fato, existem diversos mitos que prevalecem entre os apreciadores de vinho e é importante desvendá-los para uma compreensão mais precisa dessa bebida milenar. Nesta reportagem, vamos analisar alguns desses mitos e desmistificá-los, trazendo uma visão esclarecedora sobre o mundo do vinho.

Um vinho de qualidade é sempre caro.

É fundamental compreender que a qualidade de um vinho não está intrinsecamente ligada ao seu preço. Embora seja verdade que vinhos mais complexos e estruturados, com potencial de envelhecimento, tendem a ter um valor mais elevado, existem excelentes vinhos de qualidade em todas as faixas de preço. A valorização de um vinho pode variar de acordo com diversos fatores, como a reputação do produtor, a região de origem, a disponibilidade limitada ou até mesmo a estratégia de marketing. Portanto, é essencial explorar diversas opções e experimentar vinhos de diferentes faixas de preço para descobrir verdadeiras joias enológicas.
 
Todos os espumantes podem ser chamados de Champagnes.
Este é um equívoco comum. O termo "Champagne" refere-se exclusivamente aos vinhos espumantes produzidos na região de Champanhe, na França. A denominação "Champagne" é protegida por legislação rigorosa, que restringe o uso desse termo apenas aos vinhos provenientes dessa região específica. Em outros países, como Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha, os espumantes têm denominações próprias, como "espumante", "Cava", "Sparkling Wines" e "Sekt", respectivamente. Essa proteção da denominação de origem garante a autenticidade e qualidade dos verdadeiros Champagnes, preservando a tradição e a excelência dessa região.

Um copo de vinho por dia é benéfico para a saúde.
Embora estudos médicos sugiram que o consumo moderado de vinho pode trazer alguns benefícios à saúde, é importante ressaltar que o contexto é fundamental. O consumo moderado geralmente se refere a uma quantidade controlada de vinho, como um copo por dia para mulheres e até dois copos por dia para homens. Essa quantidade moderada de vinho está associada a possíveis benefícios, como melhor função cardíaca, prevenção de complicações cardiovasculares, estímulo à circulação sanguínea e manutenção da elasticidade e vitalidade da pele. No entanto, é essencial enfatizar que o consumo excessivo de álcool pode acarretar problemas de saúde, e cada indivíduo deve estar atento aos seus próprios limites e seguir as orientações médicas.
 
É necessário aquecer o vinho tinto à lareira antes de ser servido?
O vinho tinto não precisa ser aquecido à lareira antes de ser servido. Esse costume surgiu em tempos passados, quando os vinhos eram armazenados em ambientes frios e, ao serem levados para as salas de refeições, estavam muito gelados. Atualmente, com o controle de temperatura nas residências modernas, não há necessidade desse aquecimento prévio.
A preferência entre vinhos com rolha de cortiça e screwcap não determina sua qualidade. Essa é uma questão polêmica, pois há vantagens e desvantagens em ambas as opções de vedação. A tampa de rosca, conhecida como screwcap, é amplamente utilizada em vinhos de consumo mais rápido, principalmente em países do Novo Mundo. Ela evita alguns defeitos, como o aroma de rolha. No entanto, isso não significa que um vinho vedado com screwcap seja superior a outro que utilize rolha de cortiça. Alguns especialistas apontam a desvantagem da screwcap em limitar a oxigenação do vinho, impedindo sua evolução dentro da garrafa.
 
A ideia de que quanto mais velho, melhor o vinho não se aplica a todos os casos. A maioria dos vinhos disponíveis no mercado é destinada ao consumo jovem, sendo frutados, frescos e fáceis de beber. Essas características agradam à maioria dos consumidores, e se esses vinhos forem guardados por muito tempo, podem perder suas características originais. No entanto, vinhos mais encorpados e complexos, que ainda estão "agressivos" ao paladar, podem beneficiar-se do envelhecimento, adquirindo maior harmonia e equilíbrio. Portanto, a decisão de esperar ou não vai depender do tipo específico de vinho em questão.

Ao contrário do que muitos pensam, o vinho branco também pode envelhecer bem, assim como o vinho tinto. Muitas pessoas acreditam que os vinhos brancos estragam com o tempo, enquanto os tintos envelhecem de forma positiva. No entanto, vinhos brancos com complexidade e estrutura podem revelar aromas e sabores únicos à medida que envelhecem, proporcionando uma experiência enológica singular.
Desmistificar esses mitos relacionados ao vinho é fundamental para que os apreciadores possam desfrutar plenamente dessa fascinante bebida, compreendendo as particularidades de cada estilo e evitando equívocos que possam comprometer a experiência sensorial proporcionada por ela.


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