Em meio à crescente tensão na fronteira entre Venezuela e Guiana devido a disputas territoriais na região de Essequibo, o Exército Brasileiro tomou medidas significativas para reforçar a segurança na área. O envio de 20 blindados do modelo Guaicuru para a cidade de Pacaraima, em Roraima, foi decidido como parte das ações para enfrentar o cenário delicado. Esses blindados serão deslocados de unidades localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, evidenciando a mobilização de recursos estratégicos para a região fronteiriça. Além disso, o efetivo destinado ao patrulhamento na fronteira com a Venezuela foi ampliado, totalizando agora 130 militares. Como medida adicional, o 18º Regimento de Cavalaria Mecanizado (18° R C Mec) em Boa Vista foi ativado para reforçar as operações na área. A disputa territorial entre Venezuela e Guiana concentra-se na região de Essequibo, onde o governo venezuelano reivindica o rio Essequibo como fronteira natural, remontando a 1777, quando pertencia à Capitania Geral do Império Espanhol. Essa reivindicação se baseia no Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido. Em contrapartida, a Guiana sustenta sua posição com base em um laudo arbitral de Paris de 1899, que estabeleceu as fronteiras atuais. O governo do ditador Nicolás Maduro solicita à Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal das Nações Unidas, a ratificação do laudo de 1899, intensificando as tensões na região. O Brasil, como país vizinho, toma medidas para garantir a segurança na fronteira e monitorar o desdobramento desse conflito territorial. A movimentação do Exército Brasileiro destaca a necessidade de estar preparado para possíveis cenários de instabilidade na região, reforçando o compromisso do país com a segurança e estabilidade na América do Sul.