Angra dos Reis, Rio de Janeiro - Em uma ação que dá sequência à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25, a Polícia Federal realizou nesta segunda-feira, 29, a apreensão de equipamentos eletrônicos na residência de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação tem como foco a investigação das ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro estava em sua residência em Angra dos Reis, quando saiu pela manhã para uma atividade de jet ski com seu pai. O advogado da família, Fábio Wajngarten, comunicou-os sobre a presença da Polícia Federal na residência, cumprindo um mandado de busca e apreensão. Durante a operação, foram confiscados o computador e o celular de um dos assessores de Bolsonaro, um bloco de anotações utilizado em uma live recente do vereador e outros equipamentos eletrônicos de sua propriedade.
O vereador é alvo desses mandados de busca e apreensão no contexto da investigação sobre uma possível organização criminosa que teria se instalado na Agência Brasileira de Inteligência, com o objetivo de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas. Esta investigação é uma continuação da Operação Vigilância Aproximada, que teve como um dos principais alvos o deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
A ação da Polícia Federal visa esclarecer as circunstâncias em que atividades de inteligência foram conduzidas durante a gestão de Jair Bolsonaro e se houve práticas ilegais ou irregulares por parte da Abin. A operação busca desmantelar qualquer organização criminosa que possa ter se infiltrado nos órgãos de inteligência do país, garantindo a segurança e a legalidade dessas instituições fundamentais para o Estado brasileiro.
A família Bolsonaro, envolvida diretamente nas operações da Polícia Federal, não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido até o momento. O desdobramento dessas investigações certamente terá impacto significativo no cenário político nacional, gerando discussões e demandando respostas sobre a gestão passada e as atividades dos órgãos de inteligência do Brasil.
Redação
