31/07/2023 às 08h29min - Atualizada em 31/07/2023 às 08h29min

musa de olhos castanhos

adilsonaraujo_artes
Oh, musa de olhos castanhos, ser alado,
Esperança divina, tão sublime,
Conforto do Ancião em suspiro apurado,

E sonho puro de uma criança que não desanima;

Você que acalenta bebês no berço com doçura,
Cabelos que brilham como estrelas do céu,
Também habita pesadelos, sombras de amargura,
E brinca com os seios das moças, sutil véu.

Musa, és o amor das mães, afeto inigualável,
Enche o dia de perfumes, rosas de afeto,
Filha pura do céu, donzela adorável,
Num sonho eterno, teu ser é completo.

Aceite, pois, meu abraço, meu convite ardente,
Leve-me ao seu seio, onde sonhos são forjados,
Cansada de encher flores de pranto lânguido e crente,
No leste, o amanhecer surge de montanhas douradas.

Asas batendo na luz que rompe a escuridão,
Os pássaros noturnos entoam melodias,
E a floresta se alegra com grande emoção,
Interrompendo o profundo silêncio em harmonias.

Mas em mim, habita uma noite escura e fria,
Um grito melancólico que busca razão,
Quebre, ó musa, as sombras que entorpecem meu dia,
Sê a aurora que dissipa a escuridão.


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