18/07/2023 às 01h34min - Atualizada em 18/07/2023 às 01h34min
Arte ingrata
Adilson Araujo
Arte ingrata, Árdua caminhada, que queima em meu interior,
Anseio expressar minha alma inflamada,
Mas a inspiração, teimosa, se esconde em dor.
A ideia demora, a inspiração se retarda,
Agonizo, busco criação,
Tento, em vão, exteriorizar meu ser,
O pensamento aprisionado em aflição.
Desesperado, rasgo o papel com violência,
Perdido na busca pela essência.
Tento chorar, mas meus olhos estão secos,
Como o mudo que quer falar,
Luta em vão, por palavras e desfechos.
A febre de criar arde em minha mente,
Mas os dedos brutos se agarram à língua,
E o silêncio persiste, imponente.
Nenhuma palavra surge em discurso,
Arte ingrata, um dilema constante,
Em busca de palavras imersas.
Que palavras possam retratar a dor,
Do artista que luta para expressar seu ser,
Que não encontre o fim, a inspiração e o fulgor,
Para fazer sua arte ao mundo florescer.