21/11/2023 às 18h12min - Atualizada em 21/11/2023 às 18h12min

Presidente eleito do país vizinho convida Bolsonaro e seu filho para a cerimônia

Redação

BRzerodois
Em um gesto inusitado e significativo para as relações bilaterais entre Brasil e Argentina, o presidente eleito do país vizinho, Javier Milei, fez um convite pessoal a Jair Bolsonaro para participar de sua posse. A inesperada ligação, revelada pelo ex-mandatário brasileiro em um vídeo compartilhado em sua conta no Twitter, revela um possível reaquecimento diplomático entre os dois países após momentos de tensão durante a campanha eleitoral argentina.
No vídeo divulgado por Bolsonaro, Milei expressa sua consideração pelo ex-presidente brasileiro e estende o convite não apenas a Jair Bolsonaro, mas também a seu filho, Eduardo Bolsonaro, que atualmente ocupa uma cadeira no Partido Liberal (PL). A cerimônia de posse está marcada para o dia 10 de dezembro, e Milei afirmou que seria uma "honra enorme" contar com a presença dos Bolsonaros.
O convite surge em um contexto de comemoração por parte do círculo próximo a Bolsonaro, que ativamente apoiou Milei durante sua campanha eleitoral nas redes sociais. O presidente brasileiro e seus aliados enxergam a vitória do ultraliberal Milei como um marco significativo para a direita argentina, consolidando-se como uma importante conquista.

No entanto, mesmo diante do convite cordial, o Palácio do Planalto ainda não confirmou oficialmente quem representará o governo brasileiro na posse de Milei. A escolha do representante ganha contornos de relevância, pois poderia indicar uma possível aproximação ou distanciamento entre os dois líderes e seus respectivos governos.
Durante a acirrada campanha eleitoral argentina, Milei adotou uma retórica incisiva contra o presidente brasileiro Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), rotulando-o como "comunista" e "corrupto". O então candidato também manifestou sua relutância em se reunir com o chefe do Executivo brasileiro, caso fosse eleito. As tensões aumentaram quando Milei acusou "Lula" de interferência nas eleições argentinas, uma alegação que foi prontamente negada pelo governo brasileiro.
Diante dessas circunstâncias, a presença de "Lula" na posse de Milei se torna incerta. Analistas políticos especulam que as diferenças ideológicas e os atritos prévios podem pesar na decisão do presidente brasileiro em participar ou não do evento.
A relação entre Brasil e Argentina, historicamente marcada por altos e baixos, parece caminhar para uma nova fase, com desafios e oportunidades para ambos os países. A participação ou não de Lula na posse de Milei certamente será acompanhada de perto, à medida que o cenário político na América Latina continua a se desdobrar.
Este convite e a possível presença de Jair Bolsonaro na posse de Javier Milei representam um capítulo intrigante na dinâmica geopolítica regional, trazendo à tona questões sobre a diplomacia e a interação entre líderes com visões políticas distintas.


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