02/11/2023 às 19h12min - Atualizada em 02/11/2023 às 19h12min

Ilha da Cobra (Ilha da Queimada Grande): O Santuário das Mortais Lanças Douradas no Brasil

Redação

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Na vasta extensão do oceano Atlântico, a quase 150 quilômetros do centro de São Paulo, encontra-se uma ilha proibida e misteriosa que tem sido chamada de "Ilha da Cobra". Seu apelido assustador não é infundado, uma vez que essa ilha abriga uma população notável de cobras altamente venenosas. A Ilha da Cobra, também conhecida como Ilha da Queimada Grande, é o lar da temida Bothrops insularis, a jararaca dourada, responsável por 90% das fatalidades relacionadas a picadas de cobra no Brasil. Nesta reportagem, exploraremos as razões por trás dessa reputação mortal, os mistérios da ilha e as precauções rigorosas para mantê-la inacessível para a maioria das pessoas.

O Mistério da Ilha das Serpentes Mortais


A Ilha da Cobra é um ecossistema único e remoto, que abriga uma população estimada de 2.000 a 4.000 jararacas douradas, o que representa entre uma e cinco cobras por metro quadrado. Estas serpentes, longe de serem inofensivas, têm um poderoso veneno de ação rápida que derrete a carne ao redor de suas mordidas. Sua adaptação e evolução ao longo do tempo as tornaram mortais.

A presença abundante de cobras na ilha é, em parte, devido à sua localização estratégica para a vida marinha. Muitas aves marinhas migratórias usam a Ilha da Cobra como ponto de descanso. O veneno mortal da jararaca dourada é uma arma eficaz para incapacitar e matar rapidamente essas aves marinhas antes que possam voar para longe.

A Restrição Estrita e a Proibição de Visitantes

A Ilha da Cobra é tão perigosa que, com exceção de algumas unidades científicas, a Marinha do Brasil proibiu expressamente qualquer pessoa de desembarcar na ilha. A inacessibilidade da ilha é a chave para garantir a segurança de seres humanos, pois, embora não haja registros oficiais de jararacas douradas mordendo pessoas, histórias trágicas de mortes relacionadas à ilha persistem nas cidades costeiras próximas.

Uma dessas histórias envolve um pescador que, inadvertidamente, entrou na ilha para colher bananas e, consequentemente, foi mordido por uma serpente. Sua morte, resultado do veneno da cobra, destaca o perigo que a Ilha da Cobra representa para intrusos desavisados. Em outra história, o último operador do farol e sua família foram atacados por cobras enquanto tentavam fugir em direção ao barco. A tragédia que se seguiu ilustra a extrema letalidade das jararacas douradas.

Conservação e Pesquisa Científica

A Ilha da Cobra é um ambiente de grande interesse para cientistas e pesquisadores que desejam entender melhor a adaptação das jararacas douradas. A conservação e a proteção deste ecossistema único são vitais para garantir a sobrevivência da espécie e o equilíbrio do ambiente insular.

Alternativas para Conhecer as Jararacas Douradas

Para aqueles que desejam conhecer as jararacas douradas sem arriscar suas vidas, existem opções mais seguras no Brasil continental. O Instituto Butantan, em São Paulo, oferece a oportunidade de observar essas serpentes legalmente. Além disso, o Zoológico de São Paulo e o Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, na cidade de Sorocaba, também abrigam exemplares dessas cobras, proporcionando uma experiência educativa e segura.
A Ilha da Cobra, com suas jararacas douradas e sua reputação de perigo, permanece como uma entidade misteriosa e proibida na costa do Brasil. A ilha é um lembrete poderoso da complexidade e da letalidade da natureza, e sua conservação é essencial para preservar esse ecossistema único. A Ilha da Cobra continua a ser um enigma inexplorado, onde a mortalidade e a biodiversidade se entrelaçam em uma dança perigosa.


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