12/04/2024 às 14h01min - Atualizada em 12/04/2024 às 13h58min

Trump expõe ódio da esquerda radical

Adilson Araujo

Adilson Araujo

jornalista, poeta, artista plástico e líder do grupo de música gospel BRzerodois

Adilson Araujo
Divulgação
Na última semana, um acontecimento singular sacudiu os alicerces da arena política norte-americana: o lançamento da "Bíblia Deus Abençoe os EUA", uma obra endossada pelo ex-presidente Donald Trump e concebida pelo renomado cantor e compositor de música country, Lee Greenwald. Contudo, enquanto para muitos isso representava uma celebração dos valores religiosos e uma homenagem à tradição judaico-cristã que permeia a história dos Estados Unidos, para outros, em especial membros da esquerda radical, o gesto foi interpretado como um ataque à laicidade do Estado e um sinal de intolerância religiosa.
Trump, em sua característica retórica enfática, promoveu a obra por meio de um vídeo, conclamando os americanos a adquirirem a Bíblia e reforçando a importância da religião e dos princípios cristãos na construção da sociedade. Em suas palavras, ele ressaltou a necessidade de resgatar o cristianismo como um pilar fundamental da vida dos cidadãos estadunidenses, defendendo os valores judaico-cristãos que, segundo ele, fundamentaram a nação.
A "Bíblia Deus Abençoe os EUA" é uma versão da Bíblia King James que não se limita aos textos religiosos, mas também inclui documentos emblemáticos como a Constituição dos EUA, a Declaração de Direitos e a Declaração de Independência, além da letra manuscrita do refrão da icônica música "God Bless The USA" de Lee Greenwood. Tudo isso, claro, ao custo de US$ 59,99.
O site promocional da Bíblia destaca sua praticidade, com letras amplas e um design elegante, tornando-a ideal para ser transportada para qualquer lugar. Entretanto, mesmo diante de sua aparente inofensividade, surgiram objeções ao projeto, especialmente por parte de grupos cristãos evangélicos, liderados por John Morehead, que lançaram uma petição online contra a publicação da obra.
A principal objeção desses grupos reside no receio de que a "Bíblia Deus Abençoe os EUA" possa alimentar sentimentos de nacionalismo cristão e antipatia em relação a outras religiões, particularmente o islamismo, em um momento de acirramento das tensões políticas nos Estados Unidos. Por outro lado, os defensores da obra enfatizam que ela não possui conotação política e não está associada a qualquer campanha ou figura política, incluindo Donald Trump.
Essa controvérsia expõe as divisões profundas que permeiam a sociedade americana, refletindo não apenas diferenças ideológicas, mas também divergências quanto à interpretação do papel da religião na esfera pública. Enquanto alguns veem na obra uma celebração dos valores que moldaram a nação, outros enxergam nela uma ameaça à pluralidade e à laicidade do Estado, ressaltando a necessidade de um diálogo aberto e respeitoso para encontrar um denominador comum.
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