23/11/2022 – Um estudo realizado pela Nielsen analisou as tendências de consumo entre as mulheres brasileiras. Para cada grupo de produtos, os consumidores apresentaram características semelhantes e foram classificados em três perfis diferentes dentro desse cenário de consumo: conforto (16,7%), prático (56,4%) e vaidade (36,4%).
De acordo com a pesquisa, as mulheres economizam mais que os homens com gás e eletricidade (70% vs. 57%), compra de roupas novas (65% vs. 46%), entretenimento fora de casa (65% vs. 57%), e troca de marcas por alimentos mais acessíveis (53% versus 35%).
A publicação também revelou que, com o dinheiro sobrando, as brasileiras preferem investir em melhorias na casa e roupas novas, enquanto os homens optam por comprar produtos de novas tecnologias e saldar dívidas.
Dayhemilly Nogueira, fundadora da Cygnuss, empresa de e-commerce de lingerie, aponta que o perfil da mulher "prática" representa mais da metade da população feminina, o que explica porque a cultura sempre incentiva a mulher a comprar uma peça de roupa ela levou um manequim a mais do que ela está acostumada a usar.
Nogueira aponta ainda que o hábito de comprar roupas maiores está diretamente relacionado à tendência ao excesso de peso. Atualmente, mais da metade (60,3%) dos brasileiros com mais de dezoito anos está acima do peso, o que representa 96 milhões de pessoas, segundo dados da PNS 2020 (Pesquisa Nacional de Saúde), que identificou a prevalência de excesso de peso entre as mulheres (62,6%). em relação aos homens (57,5%).
Para a empresária, outro detalhe que chama a atenção é que as mulheres tendem a comprar mais de marcas líderes do que os homens e que 28% tendem a comprar roupas novas e cosméticos com economia de salário.
moda conforto “A tendência é que o uso de roupas no futuro seja algo mais descontraído, sem muito desconforto e, principalmente, contra odores, porque a tendência da temperatura global é só aumentar”, diz Nogueira.
O aquecimento global é o aumento da temperatura na Terra devido ao aumento do volume de gases na atmosfera. Hoje, estima-se que a temperatura do planeta aumente 1,5ºC, motivando eventos como a COP 27 (Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), que acontece de 6 a 18 de novembro em Sharm El Sheikh, no Egito.
Para a fundadora da Cygnuss, o fenômeno [moda que valoriza o conforto] vem crescendo desde a era Imperial. O estilo a que a empresária se inscreve ditou a moda entre 1800 e 1815, quando as roupas femininas geralmente ajustavam-se ao corpo da cintura para cima natural e eram infladas com peças como saias rodadas, crinolinas - armações usadas sob as saias. para aumentar o volume -, e suas variantes de baús e anquinhas.
“As marcas do mundo todo apostam cada vez mais em roupas que valorizam o conforto, oferecendo peças mais leves. Isso se tornou um fenômeno mundial no setor masculino, o que pode ditar tendência para outros segmentos, como a moda feminina”, destaca. “Isso porque, segundo estimativas internas, 95% das mulheres não se sentem confortáveis em usar sutiãs convencionais e se machucam ao usá-los”, finaliza.
Para mais informações é só acessar: https://cygnuss.com.br/